Hoje eu resolvi escrever sobre você. Mas porquê agora? Já acabou não foi? Não, não acabou. Nada desfaz o que vivemos. Porquê agora? Porque só agora consigo externalizar todo o meu sentimento. Porque talvez você seja o único cara que mereceu um texto aqui, não por ser o último, mas por ser você. O primeiro cara que tive coragem de descobrir até o fim. Existem muitas coisas que nunca te falei... Eu gostei de você desde a primeira vez que você segurou a minha mão para entrarmos naquela festa. Desde o dia em que te vi pela primeira vez todo arrumadinho voltando do trabalho. Desde o dia em que percebi que conversar com você por 30 minutos era muito pouco. Eu queria te mostrar minha vida e descobrir a tua, já que você tão calado, nunca me contaria por conta própria. Eu gostei de você quando você marcou comigo e furou. Quando você me deixou confusa se você estava tão afim de mim ou não. Gostei quando você dirigia 26km pra ficar conversando comigo num banco de praça. Eu gostei de você quando, todo tímido, me levou na sua casa. Quando, muito mais tímido, entrou na minha casa. Gostei de você quando tive que te aceitar por inteiro. E principalmente quando eu te disse que nosso beijo não se encaixava (mesmo depois de mais de um mês ficando) e você concordou, mas aquilo nunca separou a gente. Tivemos paciência e a questão do beijo se resolveu, o beijo se tornou tão natural quanto respirar.

Paciência

Paciência

Paciência

Paciência

Paciencia... É só disso que preciso agora.








E eu te amei quando aceitei que você precisava de um tempo pra resolver os próprios problemas.





0 Ps.

Eu queria te contar sobre a minha vida, porém não sei se ela é interessante o suficiente pra você. Eu queria te mostrar que não sou mais aquela de uns tempos atrás, e que minha vida não é mais uma bagunça. Não dou mais uma de louca, ciumenta, insegura, entre outras coisas que só te afastaram de mim. Não sou mais aquela menina perdida que construiu um muro ao seu redor. Agora eu sou, somente, eu mesma. A mentiras caíram, e eu finalmente me achei. Não sei onde. Mas a vida ficou uma maravilha. Não preciso mais fingir ser quem eu não sou, não deixo mais meu impulsos mandarem em mim, preservo somente boas amizades, frequento lugares que realmente quero, curto ficar em casa, fiz as pazes com a realidade. Acho que isso tudo veio depois de muitos tombos, cara no chão, machucados. Eu aprendi. Uma hora a gente tem que aprender. E acho que com isso ganhei um pouquinho de maturidade, aquela que você sempre procurava em mim. Dizem por ai que mudei, não sou mais a mesma e até que estou irreconhecível. Eles nunca compreenderiam. Mas olhe você para mim. Está em você minha última esperança, eu sei que você pode sentir. Enxergue em mim novas chances. Abra seus olhos. Liga, escreve, manda um recado por alguém, bate na minha porta. Eu só queria que você visse meu novo eu, ou melhor, meu eu de verdade.

Ps: Ainda sou mimada, estressada e irritante.
Ps2: Se você voltar, talvez traga a velha menina perdida.
Ps3: Talvez você também tenha mudado.
Ps4: Talvez pra pior.
Ps5: Acho que fico melhor sem você.
Ps6: Talvez um dia, seremos bons juntos.



0 O começo do fim.

Em qual momento uma amizade surge? É bom lembrar do momento em que você percebeu que aquela pessoa, que você sempre teve afinidades ou  a que nunca imaginou ser amiga, se tornou importante pra você. Existem tantos motivos para uma amizade se construir... Por personalidade, momentos de vida parecidos, um curso, amigos em comum. Não é difícil descobrir o porquê de uma amizade. Há sempre um interesse, não digo pelo lado ruim da palavra., é que você se torna amigo de alguém porque ele te proporciona algo, seja momento bons, conselhos, apoio, troca de experiências, festas.

Difícil é saber o momento e o porquê de uma amizade acabar. Talvez o motivo seja bem claro quando for por brigas ou decepções. Mas, e quando você se sente cada vez mais distante do seu amigo e não entende? Como uma vela queimando, parece que a amizade se enfraquece cada vez mais. Como "salvá-la"? Eu não sei. Se eu soubesse ainda teria comigo todos os amigos que já fiz. Ou não.

A verdade é que a amizade, como qualquer outro relacionamento exige fidelidade, compreensão, sinceridade, confiança e amor. Amor... Mário Quintana disse: a amizade é um amor que nunca morre. Eu discordo. Todo relacionamento é como uma folha de papel, uma vez amassada, nunca será como antes. Que clichê, Jéssica. Clichê, porém verdade. E quanto mais resistente o papel for, mais difícil será rasgá-lo. Acredito que se sua amizade for firme e verdadeira, não será qualquer momento ruim que irá destruí-la assim tão fácil. 

Já tive muitos amigos. A maioria deles não estão mais ao meu lado. Não sei em qual momento essas amizade foram se apagando. Talvez pela distância. Acho que em algum momento da vida cansei de correr atrás das pessoas, fui deixando elas irem embora. Não sei se isso é bom, mas é que muitas vezes dei muito de mim pra quem me dava pouco. Algumas vezes gritei, pedindo que elas não fossem embora. E elas foram. Eu dizia na cara dura: essa amizade vai acabar. E elas não me ouviram. Deixei ir, é fácil ficar, então fica quem gostar. Ainda me dói saber que uma amizade está se acabando sem motivos aparentes. Mas acho que a vida é feita disso. Poucos vão ficar até o fim.






0 Clichês.



Era só mais um sábado, mais uma festa, com os mesmas pessoas e as mesmas músicas. Minha mente parecia estar muito longe, eu sorria e cumprimentava as pessoas no automático. Queria mesmo era estar na minha cama, assistindo algum filme. Já eram 2 da manhã, meus pés doíam e fui sentar um pouco distante da turma. Fiquei observando aqueles caras queixando aquelas garotas que, provavelmente, só ficariam com eles se vissem a chave dos carros deles. Idiotas.

Então você sentou ao meu lado. Não olhou no meu rosto, mas perguntou se estava tudo bem. Olhei de lado e vi você com um copo na mão. Pensei: só mais uma cantada barata. Falei que sim, só não era aquele lugar onde eu queria estar. Para a minha surpresa, você disse que estava na mesma situação. Não sei em qual momento a conversa começou a correr, mas quando vi já tínhamos contado toda a nossa vida um pro outro. Quando vi já eram 5 horas da manhã. Não era mais só uma cantada ou, segundo você, nunca foi. Fui para casa com a ideia de que a nossa conversa havia feito meu fim de noite valer a pena.

A conversa não terminou e passamos a nos falar todos os dias. Marcávamos de sair e as horas passavam rápido, não sei como você aguentou eu falar tanto. E naquele dia no cinema, você me beijou. Foi doce e delicado. Fazia tempo que alguém não me beijava assim, me senti com quinze anos de novo, dando beijinho no escuro do cinema. Eu nem esperava. Achei que era amizade, na verdade tinha certeza, até aquele beijo. Pode parecer clichê, e você sabe que odeio clichês, mas a verdade é que, desde então, senti vontade de beijar você todos os dias.

Não preciso falar de todos os nossos momentos, das coisas que aprendi, do que ensinei. Só estou escrevendo isso para te dizer que foi maravilhoso te conhecer. Não me arrependo. Você chegou quando eu, literalmente, menos esperava e conseguiu mudar minha vida para bem bem bem melhor. Foi a melhor coisa que me aconteceu desde que eu perdi meu pai. Depois de tantos me decepcionarem, você fez valer a pena porque quis. Te agradeço por ter feito da gente ISSO. O mérito é todo seu.

De repente, havia uma pedra no meio do caminho. Essa pedra eram minhas confusões sentimentais. Me precipitei. Te pedi pra ir, mas depois morri de saudades suas. Sem vergonha na cara, te liguei, te chamei, voltei atrás e quis que você retornasse. Porque, olha só, minha vida não tem graça sem você. Lá vai mais um clichê. Estou vivendo de clichês pela sua falta. Agora não há mais dúvidas, amor. Entenda que é você que eu quero. Não tenha medo, vai dar certo. Nosso sentimento, agora, é maior que todos esses "e se...".



0 O diferente é o melhor.


Me surpreendo todos os dias ao ver o quanto as pessoas são diferentes. Eu demorei muito para entender isso, que cada um é de um jeito e que isso é o bom da vida. Para mim, o começo da adolescência foi um período muito confuso, no meio de tantas pessoas diferentes, eu tentava achar a minha personalidade. Convivia com pessoas com ideias diferentes das minhas, e eu acabava sem saber o que realmente era o certo. Só depois, com mais maturidade, eu entendi que eu tinha mesmo que ter as minhas próprias ideias. E isso não queria dizer que eu ou outras pessoas estavam certas, não existe o certo, o que pode funcionar para mim, pode não funcionar para os outros.

Muitas vezes em nossas vidas, nos pegamos tentando entender os outros. Outras vezes vamos logo criticando, achando que sabemos de tudo. Acabamos criando "regras" de como se relacionar. Falamos coisas do tipo "você não está demonstrando amor" "você não sabe gostar de ninguém" "você não dá atenção as pessoas que você ama" "porque sofrer tanto por alguém?" Mas o que precisamos entender é que cada um tem um jeito de se relacionar. Assim como, quando pequenos, aprendemos o que é o dia, a noite, as cores, o alfabeto, o certo, o errado. Nós também aprendemos o que é amor, dor, decepção, sofrimento, carinho, saudade.

O que eu quero dizer, é que não podemos julgar o conceitos do outro, porque isso tem bastante influência de como ele foi criado, de quem o ensinou, de como ele aprendeu tudo que sabe e da genética. Talvez para você, amar seja querer estar perto, mandar uma mensagem, ligar, fazer declarações, comprar presentes. Mas, talvez, para o outro não precise disso tudo para ser amor. Alguém pode gostar de você e não sentir necessidade de fazer tudo isso. Nos meus primeiros relacionamentos, meus amigos tentavam me ensinar o que é ser carinhosa, atenciosa, como agradar o parceiro. Porque eu sempre fui meio "torta" na visão da maioria das pessoas, como se eu não soubesse me relacionar, fizesse sempre de maneira errada. Por muito tempo eu tentei mudar, me esforçava para ser como as outras pessoas diziam ser o certo. E um dia eu entendi que esse era o meu jeito, isso era um a junção de tudo que vivi. Percebi que nunca estive errada. Nem eu, nem aquelas pessoas que era totalmente o oposto de mim.

Então, pense nisso antes de julgar o sentimento do próximo. Por melhor que você conheça alguém, você nunca saberá por tudo que ela já passou e sentiu. Pense, também, que talvez aquela pessoa goste de você mesmo não ligando todo os dias para saber como você está. Ou que ela diz que te ama toda hora, porque é assim que ela exerce o amor que tem por você. Isso tudo remete a ideia de que você poderá conhecer mil pessoas, namorar uma centena delas, mas todo relacionamento será diferente. E logo lembro de um conceito que algumas pessoas possuem, de que quanto mais relacionamentos longos uma pessoa já teve, melhor ela será para namorar. Claro que não! Tudo é sempre novidade, é sempre como o primeiro namoro. As pessoas são diferentes e esse é o bom vida.






0 Minha arma.


Um dia, dando conselhos para uma amiga que vive quebrando a cara com relacionamentos, disse a ela que deveria se amar mais, que o tal do "amor próprio" era mais que necessário. Como resposta ela me disse que eu deixasse de pensar em mim e pensasse também no outro, que o meu amor próprio só me afastava das pessoas. Na hora, não queria discutir e não falei de todas as vezes que meu amor próprio me "salvou".

Eu sempre soube o meu valor. Não sei se alguém me ensinou, mas eu sempre tive no pensamento que o outro me dará o valor que eu dou a mim mesma. O outro só vai me dar o que eu quiser receber. E eu não aceito nada que não me deixe satisfeita. Foi assim com ele carinha disse que já não gostava de mim como antes, com aquele outro que não fazia esforço pra me ver, com o que não visava o futuro, ou com aquele que só me entregava migalhas. Todas as vezes eu desisti. Eu freei, mesmo que eu desse com a cara no volante, mesmo que eu me machucasse. Porque qualquer machucado superficial é melhor que um machucado profundo. Eu sei o meu valor, e ninguém pode mudá-lo.

Ainda tenho outras mil histórias de como meu amor próprio, a grande arma, me salva ou me resgata de caminhos ruins. Mas não é das minhas experiências que quero falar. Quero dizer a você - seja lá quem que estiver lendo as minhas bobagens - que você é uma das coisas mais valiosas que você tem. Não se entregue de bandeja para quem paga pouco por você. Descubra seu valor. Mostre as pessoas, use-o como seu cartão de visitas. Prometa pra mim que vai mostrar tudo que você vale para a próxima pessoa que conhecer. Prometa pra mim que, desde o começo, não vai aceitar migalhas.

Como diz o ditado: Há quem vale um centavo e há quem vale mais do que o mundo pode oferecer. A moeda é a mesma, o que muda são os valores.

Posso te dar um conselho? Faça de tudo pra valer muito! Posso te dar outro? Não dê o seu muito para quem merece o seu pouco. Trate cada um com o seu devido valor. É melhor pra você, é melhor pro outro. E não implore para que o outro te dê valor. Se ele não está dando, é porque o que ele tem é muito pouco pra você.

Você já errou muito, já mendigou valores, e isso ainda vai se repetir. Mas é assim que você vai descobrindo o que é que você não merece. Se ame para que, então, o outro possa te amar. Se cuide. Se valorize. Você verá que tudo se tornará mais fácil, mais simples, mais bonito.







0 No fim do dia.


Me arrumo apressadamente, ele não gosta e não sabe esperar. Diferente de você, que entrava, tomava um café e conversava com minha mãe como se a entendesse, mas sei que não entendia, ninguém entende minha mãe. Ele me manda uma mensagem avisando que já está lá embaixo. Entro no carro novinho dele e sinto uma saudade instantânea do cheiro de aromatizante misturado com o cheiro de velho que seu carro tem. Ou tinha, talvez, agora, seu carro tenha o cheiro dos perfumes forte dessas meninas com quem você tem saído. Espero que você sinta saudade do meu perfume de bebê. Ele não gosta, descobri isso quando me deu um perfume importado em um dia qualquer, uma indireta.

Ele sempre me leva nos restaurantes com as melhores comidas. A gente assiste filme na enorme tv 3d do quarto geladinho dele. Ele sempre manda a empregada fazer pipoca, ele sempre escolhe filme de heróis. Os pais dele, mal conheço, quando não estão trabalhando, estão viajando. Ele é filho único e a cobertura onde ele mora fica só pra nos dois. E você sabe, adoro reunir os amigos, mas ele não gosta. Fico me sentindo tão vazia naquele apartamento, mesmo quando estou abraçada com ele. Nessa hora é que sinto falta de comer coxinha com coca na lanchonete da esquina, de nos apertarmos na sua cama de solteiro, e ainda ser incrivelmente confortável. Eu morro de saudades de almoçar com seus pais, e da torta de frango da sua mãe nos feriados. Da sua família enorme, com esses costumes do interior, na qual sempre me senti acolhida.

Sinto falta de coisas que nem sabia que existiam em você, coisas que passavam despercebidas e que agora me arrancam um pedacinho do coração cada vez que lembro. Olha, não importa se é com ele que deito e acordo agora. Não deixei isso te impedir de me ligar. Liga. Preciso da sua voz rouca. Preciso de você. É em você que eu penso no caminho de volta pra casa.





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